⚡ SAVE

ZeM - Gestão e Assessoria Condominial
há 3 dias
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O Sistema que Está Transformando a Recarga de Veículos Elétricos em Condomínios

Com a popularização dos carros elétricos no Brasil, uma nova sigla começou a aparecer com força nas discussões sobre segurança e infraestrutura predial: SAVE — o Sistema de Alimentação de Veículos Elétricos. Mas afinal, o que é esse sistema? Por que ele está sendo tão debatido pelos Corpos de Bombeiros, síndicos e administradoras? E como ele afeta a vida nos condomínios?

A seguir, um panorama claro e objetivo sobre o assunto.

🔍 O que é o SAVE?

De forma simples, o SAVE é a infraestrutura completa responsável por permitir o carregamento seguro de veículos elétricos em garagens residenciais, comerciais ou públicas. Ele vai muito além do famoso “carregador na parede”. Envolve equipamentos, conexões, proteções elétricas e uma série de medidas que garantem que a recarga aconteça sem riscos ao usuário e ao edifício.

Imagine o SAVE como a espinha dorsal que conecta o veículo à energia elétrica com segurança, inteligência e conformidade técnica.

🧩 Do que ele é feito?

Embora o morador enxergue apenas o carregador instalado na vaga, o SAVE engloba vários elementos essenciais:

• Carregadores apropriados (Modos 3 e 4)

São equipamentos inteligentes que controlam a recarga e evitam sobrecargas — muito diferentes das tomadas comuns, que já estão proibidas pelos Bombeiros para esse fim.

• Circuitos elétricos dedicados

Cada ponto de recarga precisa de um circuito próprio, com:

disjuntor específico
DR
DPS
cabos dimensionados corretamente

Nada de “puxadinhos” ou extensões.

• Painéis de distribuição identificados

O quadro elétrico que alimenta o carregador deve estar claramente sinalizado, indicando qual disjuntor pertence a qual vaga.

• Sistema de desligamento de emergência

Botões estratégicos que permitem cortar a energia rapidamente em caso de emergência — um perto do carregador e outro perto da entrada da garagem.

• Proteção contra impactos

Defensas ou barreiras que impedem que um veículo bata no equipamento.

• Sinalização clara e fotoluminescente

Placas indicando:

vagas com SAVE
localização das chaves de emergência
instruções de uso
equipamentos elétricos dedicados

Tudo pensando para facilitar o uso e a segurança.

🔥 Por que tudo isso é tão necessário?

Com mais carros elétricos nas ruas, começaram a surgir improvisações perigosas dentro de condomínios:

carregamento em tomadas comuns
extensões passando sobre pisos ou paredes
fios sem proteção
instalações sem responsabilidade técnica

Esses improvisos representam riscos reais de:

superaquecimento
incêndio elétrico
danos ao veículo
risco aos moradores e ao patrimônio

As baterias de lítio presentes em veículos elétricos possuem altíssima densidade energética. Isso significa que, em caso de falha severa, a energia liberada é muito maior do que a de um carro a combustão.

O SAVE surge exatamente para padronizar e tornar segura a recarga, evitando acidentes e garantindo conformidade legal.

🏢 SAVE nos condomínios: o que muda?

Com as novas diretrizes nacionais do LIGABOM e as portarias recentes do Corpo de Bombeiros de São Paulo, o SAVE deixa de ser apenas um “equipamento opcional” e passa a ser um requisito técnico para qualquer instalação.

Em resumo:

Não é permitido carregar em tomada comum.
Instalação só com ART/RRT.
Só são aceitos carregadores dos modos 3 e 4 em garagens internas.
Quadros, proteções e sinalização passam a ser fiscalizados.

Ou seja, os condomínios entram definitivamente na era da mobilidade elétrica — mas com segurança e responsabilidade.

🧠 Por que essa mudança é positiva?

Especialistas em engenharia elétrica e segurança contra incêndio apontam que:

Os riscos aumentam quando as instalações são improvisadas.
O SAVE organiza toda a infraestrutura elétrica de forma profissional.
A padronização reduz falhas, sobrecargas e incidentes.
As normas criam previsibilidade para síndicos e instaladores.
Mesmo edifícios antigos podem se adaptar com planejamento.

Em outras palavras, o SAVE é uma resposta natural ao avanço tecnológico. Assim como houve regulamentação para gás, elevadores e para-raios em décadas anteriores, agora é a vez dos carregadores.